Creio que já ouvi mais do que uma vez falar num gabinete para tentar resolver a questão da desertificação do centro
da cidade, creio que não é nada de novo e que já existe noutras cidades. Se já
existe na câmara peço desculpa, mas parece-me que não.
A ideia é simples, o trabalho e os resultados é que podem
não ser. De certo que existem na câmara técnico disponíveis e até interessados
pelo desafio de criar um gabinete que tem como único objetivo identificar os problemas e procurar soluções
para as dezenas de casa e loja abandonadas no centro da Marinha.
Possivelmente é necessário fazer um levantamento de todas as
que estão abandonadas, depois identificar todos os proprietários, e a partir
dai procurar soluções legais e até mesmo de incentivo fiscal para a tentativa
de resolução dos problemas.
Creio que muitos dos casos tem a ver com casas que têm um
valor patrimonial reduzido e que têm 10 ou 12 herdeiros, em muitos casos já
nem vivem na Marinha.
Parece-me também que muitas destas casas ou lojas não têm
qualquer valor histórico ou arquitetónico podendo ser dada autorização para
demolir e voltar a construir com isenção de licenças.
De certeza que leva anos a resolver e alguns dos casos não
terão resolução (o caso fabrica Angolana é deprimente) mas se nunca se tentar
nunca mais se resolve.
As câmara não são ilhas isoladas que têm que inventar tudo, devem procurar junto de outros municípios, onde já há alguma experiência, saber
o que estão a fazer, o que correu bem, o que correu mal, ou seja partilhar boas
práticas.
Tenho a certeza que dentro da câmara rapidamente se consegue
encontrar 3 ou 4 pessoas com competência e disponíveis para este projeto. Claro
que não se lhes pode pedir resultados para o próximo mês, mas alguma vez se tem
que começar.
Carlos Carvalho